quinta-feira, setembro 30, 2004
Poema Doméstico
Está um vento bonito Sem pássaros de penas arrepiadas Só de janelas batidas Sabe bem esta frescura Acabei de atirar quatro ovos para o lixo
Gostei
Do que eu gostei não vou falar porque ninguém tem nada a ver com isso. Mas repito que gostei. Novas experiências assustadoras são sempre recomendáveis a quem até afirma gostar de filmes de terror. quarta-feira, setembro 29, 2004
Saudades
terça-feira, setembro 28, 2004
Também Morre um Burro
Era isso. Estava aqui a pensar em como vai ser difícil nos próximos tempos manter o blog. Ou melhor, manter o blog é fácil. Trata-se disso em cinco minutos. Mas, para mim, não é isso que significa manter um blog. Manter um blog é ler os outros, os comentários, os outros blogs de que tanto gosto, responder. E essa parte vai ficar difícil. E sem ela não faço nada aqui. Mas vou continuar a estar. Olá, se vou. Como, ainda não sei.
O Bip Bip
Finalmente
Vi ontem A Paixão de Cristo. Por duas vezes. Na primeira, fechei os olhos uma única vez. Na segunda, já não. A haver terceira, deverei ficar impávida e serena. Uma gaja habitua-se. segunda-feira, setembro 27, 2004
A Árvore de Josué
domingo, setembro 26, 2004
Fundos Negros
Gosto de blogs com fundos negros (ou com fundos sem cor, que é o mais correcto). São sempre um bom indicador de que está na hora de limpar o pó novamente.
O Agora
Sentada num banco com pés enraizados no solo como pedras tradicionais de uma calçada portuguesa, vou absorvendo passados felizes e amanhãs com aromas curvos. Suavemente vou traçando com um compasso antigo, circunferências futuras. sábado, setembro 25, 2004
Discurso de Sócrates ao País
É preciso, e é preciso, e nhanhanha. Licença que vou-me virar para a parede da caverna para ver se encontro algo que tenha sido relevante.
Humor Negro
Vocês vão-me desculpar mas esta de um operário ter caído de um andaime e ter ficado com diversas fracturas enquanto trabalhava na recuperação da fachada do Hospital Ortopédico de Sant'Ana deu-me uma tremenda vontade de rir. Lá havia sítio mais indicado para cair. Já estava em casa.
Amarelo
Parece que Sou Assim
You're a Winter. You very much enjoy your time alone but do like other people's company sometimes. You just need your space. You have a few priviledged friends who saw past your colder exterior to find the true you. You can have pretty bad mood swings (though you hate to admit it) so you could be soft one second then storming around the next! But over all, you're a very pleasant person once people take the time to get to know you. You're a good friend for in-depth talks. You're very talanted when it comes to creative things. What season are you? (pics) brought to you by Quizilla _________ Roubado ao 100Nada que roubou no In-quietudes. Links ali ao lado. sexta-feira, setembro 24, 2004
Leituras de Ocasião
(...) o halo reduz-se por vezes a dois losangos luminosos de cada lado do astro: fala-se então de parélio, no caso do Sol, e de parasselénio, no da Lua. A massa luminosa de uma noite noctilucente enfeita o céu (...) ______ As coisas que uma pessoa aprende quando lê.
E Porquê Disparates?
Porque desde ontem que ando engasgada com a triste (triste? só triste?) história da pequenina Joana. E como antes de o saber, falei no assunto em outro blog. Como que uma espécie de premonição. Mas não era, não foi. E nem queremos acreditar que é possivel. Mas é. Está aí aos 'pontapés' todos os dias, em todos os 'mundos'.
Perdido
Corria desesperadamente gritando sem palavras o recomeço de um final. Escondia em ambas as mãos cerradas, um sol por construir. ______ Peço desculpa. Hoje só me saem é disparates.
Miragens
quinta-feira, setembro 23, 2004
Post-it
Amanhã, tomar duche, pagar a conta do telemóvel e acabar com o caos na sala. _________ Tudo coisas que não servem para nada, mas que devem ser feitas.
Só uma Nota
Acabei de apagar dois links ali ao lado direito. Pelo mesmo motivo. Não acredito que as autoras dos blogs se incomodem com isso. Mas o que li hoje nos dois, incomodou-me a mim.
A Falta que uma Letra Faz
O Simeão a quem começo por agradecer a visita, deixou um link curioso nos comentários que foi este. Até chorei a rir. Tudo pela falta de um 's'.
Ter um Blog
Porquê ter um blog? Porque todos concordamos com o Professor Agostinho da Silva que nunca tive o prazer de conhecer, mas a quem tiro o chapéu pela seguinte afirmação: O homem não nasceu para trabalhar, mas para criar. E mainada.
Amanheceres
Há dias que amanhecem cedo e em silêncio. Porque as palavras, por vezes, são como as lágrimas. E as lágrimas não se choram. São o próprio choro.
Repetição
Está repetido, está. E está muito bem. Considerem que é um para o filho e outro para a mãe. (está um calor que é obra!) quarta-feira, setembro 22, 2004
Descobertas Forçadas
É deprimente ver a luzinha Reg'd do modem apagada. Mas tem, como tudo, o seu lado positivo. É, que neste momento, a velocidade de 'navegação' via telefónica é similiar à que tem sido através da netcabo. O que dá que pensar... terça-feira, setembro 21, 2004
Eu Até Estou a Achar Graça
O Presidente da República critica o novo Governo a torto e a direito. Até diz que deve vetar aquilo de que só ainda teve conhecimento pela comunicação social. Ó senhor Jorge Sampaio, não foi o senhor sozinho que 'elegeu' este Governo?
Música de Qualidade
É este remix do Dragostea Din Tei que eu estou a ouvir. Olá se é! Isto até mantém um blog erecto. Mas alguém quer lá saber do Ludwig que até era surdo.
Então não Percebemos?
A Ministra da Educação disse qualquer coisa a uma jornalista da RTPN. Tendo ficado na mesma em relação às listas, captei que terminou três ou quatro frases com 'percebe'. Então não?
Frases
Andava eu ontem de volta de revistas e livros quando por curiosidade pego num lido há muitos anos. Abro-o na primeira página e encontro sublinhado a lápis a seguinte frase. Aquilo que, por motivos irrecusáveis, é para todos válido tornou-se conhecimento científico, deixou de ser filosofia para se referir ao domínio particular do que é susceptível de conhecimento. Karl Jaspers in Iniciação Filosófica _______ O que me fez recordar que gostando de filosofia, na realidade nunca tive muita paciência para ela.
Links
Se por vezes fico entre o irritada e divertida ao encontrar este meu blog linkado entre uma lista quase infinita de outros, também é verdade que fico comovida quando o encontro como aqui. Obrigada, Lucyta. segunda-feira, setembro 20, 2004
Mentirosos!
Levei centenas de revistas lá para baixo. E centenas não é nenhum exagero. Já estão devidamente amarradas com um cordelito branquinho e catita de modo a serem facilmente transportavéis para o Papelão. Mas hoje não... Quem afirma que é preciso ler e reciclar, não passa de um reles mentiroso.
Next Blog
Research & Science: Toward a greater understanding of the cohabitation effect: Premarital cohabitation and marital communication [1] TRANCA-ON-LINE [1] ______ Dois exemplos de desgraçados que passaram por aqui sem ter culpa alguma.
Palavra
Da humildade poeirenta de uma rua de aldeia surgiu uma palavra velhinha vestida de negro. Pisava rijo cada pedra martelada enquanto trauteava alegremente uma canção de embalar. O hábito não faz o monge.
Curiosidades
Questões
Por vezes dou comigo a tentar imaginar em que pensarão as pessoas quando estão a escrever posts. Poderia, neste momento, tentar algo 'profundo' como: Da humildade poeirenta de uma rua de aldeia... Ou falar, mais uma vez, da crise nas escolas, assunto muito compreensivelmente em voga. Podia tentar falar de muitos assuntos, mesmo que só esteja a pensar que o Benfica lidera o campeonato. domingo, setembro 19, 2004
Teorias
sábado, setembro 18, 2004
Criancices
- Duentes não se escreve assim. - Eu sei. E doendes também não. É de propósito. - Para pensarem que és burra? (pausa para gargalhada e tentativa de explicação do que é um trocadilho) (... que significa estou a ver o Porto-Estoril) - Eu não acredito nisto. O que é que tu estás a fazer aí? - Ia mandar um boneco. _________ Isto está bonito, está...
Desígnios
Acabei de perceber que sou um ornitorrinco. Só assim se entende que tenha conseguido conviver com vários seres estranhos que me dizem ser da minha espécie durante uma tarde inteira. E amanhã há mais...
Ornitorrinco
sexta-feira, setembro 17, 2004
Hum...
Deve-se evitar escrever em blogs quando se está feliz, infeliz, eufórica, cabisbaixa, indiferente, interessada... também quando não se está nada disso e quando se está tudo isso. Isto só para dizer que hoje estou uma dessas coisas aí em cima.
Quem quer ver a Gotinha?
Ó para ela aqui e aqui. Eu bem disse que a apanhava. ________ Com a cortesia de um amigo especial. quinta-feira, setembro 16, 2004
A Senhora Blogosfera
A senhora em título tem por hábito falar mal de todos os canais de televisão o que se compreende. E tem por hábito ser particularmente feroz com a TVI o que também se compreende. O que não se compreende é porque tanto ela fala da TVI quando é sabido que não vê a 4.
Injustiça!
Anda uma gaja aqui a esforçar-se para parecer anárquica e dizem-lhe que é certinha. Isto não está a acontecer...
Ano Escolar
Já muito foi dito e já todos sabem o que se passa. Esta é só uma breve nota sobre o assunto. Faz-me lembrar o caos 1975. Não se limitaram a meter água. Ainda foram comprar cimento.
Era Uma Vez...
... uma senhora que não sabia ler ou escrever. Sabia servir e era só o que sabia. Tinha, talvez, nascido para isso. Nada percebia de letras ou números e de aprender só queria as novas receitas lidas. Logo as memorizava porque era disso que gostava. E em cozinhas sem rosto, espalhou a sua arte. quarta-feira, setembro 15, 2004
Janelas
Da janela do meu quarto costumava ver o mar. Agora vejo uma vivenda. Da janela de uma das duas salas costumava ver a Serra de Sintra sem telhados obstrutivos. Da janela da outra sala costumava ver mar e serra, agora vejo só um pouquinho da segunda. Da janela da cozinha costumava ver uma estrada, agora vejo um prédio recém erguido e em que ninguém quer morar (vá-se lá saber porquê).
Número
Preciso de me levantar desta cadeira numerada imprecisa neste cinema sombrio e lotado. Para quando voltar encontrar um lugar vago onde me possa sentar a mim.
Extra! Extra!
O Parlamento iniciou hoje os 'trabalhos'. O Governo foi fortemente criticado pela Oposição. terça-feira, setembro 14, 2004
Desastres Ambulantes
Não percebi tudo muito bem mas vou tentar resumir o que percebi. Fugas de gás só detectadas por um nariz. Chamar o piquete. Metade do prédio ficou sem gás. Chamar o piquete novamente. O piquete não veio da segunda vez. Deixar os vizinhos ducharem-se na própria casa na manhã seguinte. Problemas com a canalização. Chamar o canalizador. (espero que tenha ido) Problemas de voo. Sem asas aterra-se no meio de umas escadas e fica-se entalada. Chamar os bombeiros. _______ E conheço eu estas desgraças...
Andorinhas
Antes os nossos beirais acolhiam andorinhas. E que extasiados ficávamos quando elas chegavam anunciando a primavera com as suas vestes inapropriadas a tão colorida mensagem. Hoje já não há andorinhas. Só pardais. Também bonitos na sua simplicidade. A beleza não precisa de se esconder no incomum. Isto fez-me lembrar que há muitos anos atrás, eu saía com o meu pai que transportando a sua 'pressão de ar' se preparava para matar uns quantos pássaros incautos. Não me fazia qualquer impressão. Até gostava de o ver acertar. E gostava de os comer depois. Mas um dia o campo pregou-nos uma partida. O que pareciam ser pássaros comestíveis mal escondidos nas árvores, eram andorinhas. Depois de ter morto duas por engano, o meu pai deixou de caçar. E eu prometi a mim mesma que nunca o faria.
Certas Pessoas Têm Piada...
Ó Duende, poupa-me! Dó de ti? Como se para ti escrever posts tivesse alguma dificuldade. Para mim como para todos nós. E já fui à janela e não vi nada passivel de ser transformado em post. Talvez só que está novamente na altura de lavar os vidros. segunda-feira, setembro 13, 2004
Medos
Sem Novidade
You are the Fool card. The Fool fearlessly begins the journey into the unknown. To do this, he does not regard the world he knows as firm and fixed. He has a seemingly reckless disregard for obstacles. In the Ryder-Waite deck, he is seen stepping off a cliff with his gaze on the sky, and a rainbow is there to catch him. In order to explore and expand, one must disregard convention and conformity. Those in the throes of convention look at the unconventional, non-conformist personality and think What a fool. They lack the point of view to understand The Fool's actions. But The Fool has roots in tradition as one who is closest to the spirit world. In many tribal cultures, those born with strange and unusual character traits were held in awe. Shamans were people who could see visions and go on journeys that we now label hallucinations and schizophrenia. Those with physical differences had experience and knowledge that the average person could not understand. The Fool is God. The number of the card is zero, which when drawn is a perfect circle. This circle represents both emptiness and infinity. The Fool is not shackled by mountains and valleys or by his physical body. He does not accept the appearance of cliff and air as being distinct or real. Image from: Mary DeLave http://www.marydelave.com/ Which Tarot Card Are You? brought to you by Quizilla ________ Já somos duas.
Momento de Glória Retardado
Aqui há uns tempos o Desblogueador de Conversa apareceu na tv. Isso nada teria de relevante não fosse o facto de consequentemente eu também ter aparecido.
Isto é uma Festa
O Haloscan ontem não contabilizava os comentários, hoje contabiliza mas fá-los desaparecer. domingo, setembro 12, 2004
Furacão
Ivan, o Terrivel tem mostrado a sua fúria. Infelizmente parece ter-se esquecido de erradicar o que menos falta faz em Cuba: Fidel Castro.
O de Sempre
Do cérebro, e só do cérebro, vêm os nossos prazeres, alegrias, risos e gracejos, assim como as nossas tristezas, desgostos, penas e lágrimas... Hipócrates in A Sagrada Doença _________ Como não tenho nada para dizer a não ser que o meu cérebro me diz que detesto filmes James Bond, cito. Também me diz que não gosto muito de citações mas que recorro muitas vezes a elas. E porque não gosto eu de filmes James Bond? Simples. Porque os bandidos são sempre gajos com péssima pontaria. sábado, setembro 11, 2004
Sugere-se Uma Visita
Merologia
Tratado elementar de qualquer ciência ou arte. _____ Só para saberem que me apetecia ter escrito algo diferente. sexta-feira, setembro 10, 2004
O Homem Sem Nome
O Faroleiro fez-me recordar deste livro de Evan Hunter lido há muitos anos. A história de um homem com amnésia e que de algum modo me deve ter marcado o suficiente para hoje me ter lembrado dele. Fui buscá-lo à prateleira e comecei a ler: Despertou. Não devia ter dormido mais do que poucas horas, e contudo sentia-se curiosamente repousado e acordara imediatamente sem passar pela fronteira indistinta que normamelmente associava ao acto de se levantar. Sabia exactamente onde se encontrava. Parecia apenas moderamente surpreendido ao descobrir que estava vestido, mas presumia que não se vestia um pijama para dormir num banco de Central Park. Sentou-se e esfregou a mão no rosto, mais por hábito do que para afastar o cansaço. Depois olhou para além do caminho e do gradeamento de ferro, na direcção onde o terreno descia até a um pequeno lago. O lago terminava num estreito canal coroado pelo enorme afloramento de um rochedo natural, com o alcatrão da Quinta Avenida, fabricado pelo homem, na distância, e para lá dele um céu azul-pálido. Quem sou eu?, perguntou a si próprio. Curiosamente, tinha ideia de que era assim que o livro terminava. E, curiosamente, tinha razão. Com pequeníssimas variantes como por exemplo 'Acordou' substituindo o 'Despertou', o autor termina o livro da forma como o iniciou.
Devia estar a Dormir...
... mas não estou. E enquanto não durmo vou pensando nas carradas de almoços, jantares e piqueniques que se fizeram com gente que 'navega'. Fui a poucos, mas bastou-me. Talvez os anos de experiência me pesem mesmo. Ou talvez não. O que sei é que não quero ir a mais nenhum.
Está Assim
Navego pelas lágrimas que me correm num céu -tecto encoberto- de ausência tua. cada uma -uma a uma, são cera do meu lacre, pontes de viagem construidas em água que me levam a ti. ou lembras-te daquele dia, nosso, no pátio, em que sobre o céu de pedra dura lacrámos as nossas palavras, diluídas em lágrimas invisíveis, jurámos para sempre nunca haver despedida? lembras-te? estou aqui. _____ E está estrondosamente imperfeito, Vanus. quinta-feira, setembro 09, 2004
Sem Confusão
(...) We tried a drinking bar It gets so very hard And when the cab ride gets too long We go fuck in the bathroom (...) _________ Sim, este é um blog de respeito. Mas não é, nunca será um blog onde se substituem parte das letras de músicas por estrelinhas.
Tears
E porque gosto de trocadilhos, faço um com tectos, lacre e lágrimas: Sealing Tears. E porque ainda me lembro de algumas coisas, faço mais um: Tiny Tears.
Um Testezito
Name Acronym Generator From Go-Quiz.com Gamado à Ruiva.
Ninharias
Também eu como a Telma por vezes estou a meio do duche e fico sem gás na bilha (traiçoeira q.b. a língua portuguesa, concordo). Continuo, estoicamente, a lavagem com água fria enquanto tento pensar em anjos com asas e outras beatitudes tais. Portanto, não entendo certas pessoas que vêm para o blog chorar por ninharias.
Infinito
Há textos que me fazem lembrar um dos significados da palavra Infinito: 'o que sendo finito, é susceptível de aumentar incessantemente'. (bocejo) quarta-feira, setembro 08, 2004
Revelações Luminosas
Hoje tive uma... esperem lá... onde é que eu pus o dicionário?... Ah! Encontrei! Hoje tive uma epifania. Estava muito sossegada a limpar um candeeiro com mãos e panos molhados pendurada num escadote de metal quando de repente a electricidade se revelou e me contou tudinho dos segredos do universo e da vida. Ou quase... A ser tudo, nem o Blogger me veria mais. É o que dá sonhar com anjos alvos e não asados.
Sonho
Sonhei com anjos brancos. Anjos sem quaisquer pigmentos. Ou asas. _____ Também sonhei que o blogger mo deixava dizer... terça-feira, setembro 07, 2004
Não Sendo Exemplo Para Ninguém
Mas mesmo assim esperneando porque quem gosta de exemplos não tem um blog, afirmo que hoje já ouvi cinco 'obrigados' proferidos por damas. E irrita-me. Irrita-me porque damas não dizem 'agradecido', dizem 'agradecida'. Claro que elas não me vão ler porque desconhecem este mundo recém-nato e é por isso mesmo que estou a escrever. Damas dizem 'obrigada'. E mainada.
Alguém me Explica
Poqué que as crianças gostam mais do que é passivel de se partir, ignorando ostensivamente os brinquedos que lhes estão destinados?
Ó Malta Vá Lá
Vocês querem ajudar e deixar mesmo de comentar ali no 'Cogumelos'? É que eu não estou lá agora e não gosto de deixar as pessoas sem resposta. Além disso, não queria voltar a falar no assunto.
É Um Modo
Quando pensamos que as coisas não podem piorar e pioram, o segredo é rir. Não resolve os problemas, mas faz muito bem.
Genialidades
Felicidade. Sinto-a. Um estado disperso com muitas definições. Acabei de ouvir uma das frases mais belas da minha vida, dita por uma querida amiga poetisa. "tomei uma overdose de " que se foda"" Obrigada, minha querida! Hei! Hei! posted by Vanus. ________ Porque há frases que o são. E porque também lhe quero agradecer. E a ti. segunda-feira, setembro 06, 2004
Notícias
Ia jantar ao som delas, mas resolvi depois que não. E por isso meti um cd de música cigana que não sendo o meu estilo preferido, sempre me anima.
Suaves
Como podem ser suaves as palavras trazidas pelo furacão. Furacões são passageiros. O azul das palavras que provocam será algo que nunca conseguirão perceber. Porque esse só por vezes conseguem esconder. Mas esconder não é apagar, não é matar. E quando o furacão se vai, o azul do céu continua lá. Mais rico, mais preenchido. Mais importante, ainda.
Um Pequeno Pedido
A todos os que aqui costumam comentar. Peço que a partir de agora comecem a fazê-lo no Haloscan vulgo 'Bué Deles'. O outro sistema 'Cogumelos' deixará de ser lido a partir deste momento exacto. É só. _____ Bem, realmente não podia ser só isso. Para os que não sabem e se andam a fazer passar por mim, aviso que no Haloscan as coisas piam mais fininho.
Histerismo na Blogosfera
Acabo de entrar em dois blogs que dizem que ela voltou. Não carece referi-los ums vez que deverá haver muitos mais. Hoje arriscamo-nos a ler a mesma notícia em variadissimas versões. A imprensa chegou à blogosfera. Tss...
Tenho Pensado
O que como já todos sabem é um risco que, nós humanos, temos que correr. Mas este pensar está a ser diferente. É um pensar no que está fora de mim, é um pensar no que nem sabia que existia. Já não é novo este meu pensar. Só é novidade. Porque eu ainda agora não olhei para o mundo. Não olhei para nós. Gente que mete posts sobre tudo o que é certo mas que acaba por ceder à tentação de fazer o errado sob o manto anónimo. Gente como eu. Ou nem por isso. Só parecida. domingo, setembro 05, 2004
Carrinhos de Choque
Daqueles antigos que cheiravam a metal e soltavam faíscas. Desses mesmo que se chegou à conclusão serem perigosos. E eram. Mas que libertavam tanta adrenalina. Estava há pouco a falar deles e a recordar os velhos cheiros e sons das feiras antigas. Deu-me para pensar que ao cada vez mais tentarmos proteger as nossas crianças num universo tão asséptico como uma fatia de pão de forma que já nem usa côdea, talvez estejamos só a guardar a violência para o depois.
Música em Viagem
Vinha eu, hoje, por volta da hora do almoço, muito sossegadinha no meu bólide a ouvir uma sonata de Beethoven (não me perguntem qual porque não percebo pevas do assunto) na Antena 2, quando um caramelo quase atira com o ranhoso veículo que conduzia para cima de mim. Estive tentada a perguntar-lhe se vinha a ouvir Tony Carrera mas como ele se apressou a apresentar desculpas, acabei por ter piedade e segui caminho a pensar nuns quantos vernáculos clássicos.
Palavras
Pego numa que se ri no branco do monitor e logo segundos depois está amarfanhada tal qual se em papel branco se declarasse. Era minha. Posso fazê-lo. Pego noutra com sabores diferentes. Alguém escreveu. Alguém me quis dizer algo. Não sei se a percebi ou não. Sei que não a posso amarfanhar como a minha. Não me pertence. sábado, setembro 04, 2004
Moluscos a Banhos
Ovo
Treme o mundo lá fora. Aproveito para medir a paz que me enche. Hoje não me falem do mundo que treme. Falem-me de mim.
Nao Posso Ir Dormir
E como não posso ir dormir, vingo-me no blog. Estou à espera. Entretanto ouço músicas debochadas. E até sei que não é hora para colocar posts a uma sexta-feira à noite mas quero que se lixe. Da minha reputação nem eu cuido. O que será que me dá Que me bole por dentro, será que me dá Que brota à flor da pele, será que me dá E que me sobe às faces e me faz corar E que me salta aos olhos a me atraiçoar E que me aperta o peito e me faz confessar O que não tem mais jeito de dissimular E que nem é direito ninguém recusar E que me faz mendigo, me faz suplicar O que não tem medida, nem nunca terá O que não tem remédio, nem nunca terá O que não tem receita O que será que será Que dá dentro da gente e que não devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que não sacia Que é feito estar doente de uma folia Que nem dez mandamentos vão conciliar Nem todos os ungüentos vão aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia Que nem todos os santos, será que será O que não tem descanso, nem nunca terá O que não tem cansaço, nem nunca terá O que não tem limite O que será que me dá Que me queima por dentro, será que me dá Que me perturba o sono, será que me dá Que todos os tremores me vêm agitar Que todos os ardores me vêm atiçar Que todos os suores me vêm encharcar Que todos os meus nervos estão a rogar Que todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo Chico Buarque, O que será (À flor da pele) sexta-feira, setembro 03, 2004
A Noiva/La novia
Branca e radiante vai a noiva Logo a seguir o noivo amado Quando se unirem os corações Vão destruir ilusões Aos pés do altar está chorando Todos dirão que é de alegria Dentro, sua alma está gritando Ave Maria Chorará também ao dizer o sim Ao beijar a cruz pedirá perdão E eu sei que esquecer não poderia Que era outro o amor que ela queria Aos pés do altar está chorando Todos dirão que é de alegria Dentro sua alma está gritando Ave Maria, Ave Maria. (Joaquim Prieto)
Notícias Frescas
Pensei demoradamente antes de tomar a decisão. Mas agora já está tomada e portanto não posso voltar atrás que isso é coisa de caranguejo que anda de lado. Amanhã vou-me casar! (palmas, sff) Já tenho quase tudo tratado. Só me falta escolher o noivo. Amanhã logo vejo isso.
Fórmulas
Sempre que alguém te perguntar como estás, deverás responder em latim porque é sabido que a morte só se interessa por vivos.
Paz
O Homem ama a Paz e embalado por esse pleno sentimento, desposa-a. Passam-se uns tempos e já cansado da monotonia, toma por amante a Guerra. Assim foi desde sempre. E para sempre, assim deverá ser.
Perspectiva
quinta-feira, setembro 02, 2004
Distância
Hoje encontrei uma antiga vizinha que passeava pela rua onde moro só para matar saudades conforme ela própria mo confessou. Gostei de a ver mas realmente nunca se trocaram grandes discursos entre nós. Nem sei porquê, uma vez que sempre a considerei simpática (hum... talvez pelas poucas palavras sempre tenha pensado isso, mas passemos adiante). Quinze anos. Foi minha vizinha durante quinze anos. Se falámos dez vezes, foi muito (bom dia, boa tarde, não é falar) o que não alcança uma média de uma por ano. Dela o que sabia é que era advogada, tinha um marido e dois filhos. Continua a ser e a ter. Mas hoje fiquei a saber um pouco mais que isso. Mais do que durante os quinze anos em que morou logo ali ao lado.
O Que Será
Ouvir Milton Nascimento e Chico Buarque aqui pela mão da Sara. Muito obrigada. Linda esta versão que desconhecia.
Progresso
quarta-feira, setembro 01, 2004
A Banda
Estava à toa na vida o meu amor me chamou Pra ver a banda passar cantando coisas de amor. A minha gente sofrida despediu-se da dor Pra ver a banda passar cantando coisas de amor. O homem sério que contava dinheiro parou O faroleiro que contava vantagem parou A namorada que contava as estrelas parou Pra ver, ouvir e dar passagem A moça triste que vivia calada sorriu A rosa triste que vivia fechada se abriu E a meninada toda se assanhou Pra ver a banda passar cantando coisas de amor. O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou A moça feia debruçou na janela Pensando que a banda tocava pra ela A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu A lua cheia que vivia escondida surgiu Minha cidade toda se enfeitou Pra ver a banda passar cantando coisas de amor. Mas para meu desencanto o que era doce acabou Tudo tomou seu lugar depois que a banda passou. E cada qual no seu canto em cada canto uma dor Depois da banda passar cantando coisas de amor... Chico Buarque _______ Reconheço. É para a Maré. :)
Cusquices
Durante a manhã passei um bom bocado de tempo a observar um homem a tratar das suas plantas. Nada teria de especial se não fosse o facto de mesmo à distância transparecer o imenso carinho que sente por elas. Há plantas com sorte.
Blog está Omnipresente
"Adicted to blog é... Ir à mercearia da esquina, dar com os olhos numa embalagem de bolos e ler "blogs de canela". Valha-me deus!..." _____ Tadinha... tem desculpa. É loura.
Reflexão
Tenho a dizer que o pior sistema de comentários actualmente em vigor é o do blogger. Perde-se tanto tempo naquilo que nem dá vontade de responder. Ele é ter que ser 'anónimo' e ter que assinar como duende porque a inscrição não foi essa e não a quer alterar. Ele é depois de responder voltar ao post e não ao blog propriamente dito. Ele é, em alguns casos onde não permitem comentários 'anónimos' não poder responder. Olhem, é a maior seca que já vi e está dito. Processem-me ou mudem de sistema de comentários.
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