sábado, julho 31, 2004
Malabarismos

Antes de começarem a ler o post, leiam três vezes o titulo.

Um gajo tem um copo de imperial, um T-34 velhinho da guerra e um ovo. Atira os três ao ar. Qual deles deve agarrar?
Ao Meu Blog

Caro umbigo virtual, hoje é Sábado e nada mais tenho para te dizer.
Vidas

A tempo ideal para um blog é o de um lavar de mãos.
sexta-feira, julho 30, 2004
Diálogo Interessante

- Hoje é dia. Já é a segunda vez que tocam à campainha por engano. Tenho que mudar estar porra. Tem um som do caraças. Desde que para cá vim que digo isto.

- Já lá vão uns tempitos... Quantos anos?

- 17, 18 anos. Espera que vou buscar a escritura.

(pausa breve)

- Afinal são 16.
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Moral do diálogo: É mais célere tratar com escrituras que com campainhas.
Verdades Absolutas

Mais vale um mau dia de férias do que um bom dia de trabalho!...

Directamente das costas de uma t-shirt para o blog.
Gongórico

Lavrar farrapos de indiferença.
Estou...

... no ping-pong!
Tomar nota...

... no manual de sobrevivência. Quando encontrares um tubarão basta que o vires de barriga para cima para que se torne inofensivo. Acaba por adormecer.
Cristal

Queria ser cristal que alguém partisse.
quinta-feira, julho 29, 2004
Volta aos Trocos

Quem foi o esperto que me deu de troco duas moedas de escudo e uma de dez centavos brasileiros, hein?
Sorrisos


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Então e este? :)

O Efeito Nick

Uma vez li alguém cujo nick era Vóvó Donalda a dizer que achava graça como por causa do nick a imaginavam uma senhora idosa e muito respeitável. Respeitável, sim. De idosa não tinha (tem) nada.

Isto a propósito de quê? Bem, eu sei mas não digo. :)
Afinal é um dia especial


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Parabéns, Cristina!

Já Estou Irritada!

Se uma pessoa chega ao blog às quatro da tarde quase é acusada de passar o dia a dormir, se chega às sete da manhã quase é acusada de não dormir.

Afinal qual é a hora politicamente correcta para se chegar a um blog?
Datas

Hoje é dia 29 de Julho. E o que é que a data tem de especial? Nada. É por isso que devem tomar nota dela.
Só para Comunicar...

... que encontrei a meia fujona. Tinha-se escondido debaixo de um boné e estava acompanhada por um boneco do homem-aranha. Tudo bem sossegado repousando entre revistas.

É impressionante o que podem fazer três crianças em meia dúzia de minutos.
quarta-feira, julho 28, 2004
Ronda

Encontro três calções, uma t-shirt, dois 'boxers', umas cuecas femininas em que está estampada uma boneca e um 'Love and Friendship' (ainda bem que a dona delas ainda não tem idade para perceber). E uma meia sem par. Deve estar por aí. Amanhã vou ao google procurar. Na volta ainda acabo debaixo da cama.
Post Espantado

Há por aí uma alma caridosa que me explique como é que este senhor consta na traquitana lá de baixo?
Uma Outra Forma?

Não sei. Não sei se está certo ou errado. Sei que foi o que fiz.

Uma senhora numa cadeira de rodas com meio corpo. Faltam as pernas. Costuma estar à porta de uma 'meia-superfície' onde costumo ir. Desde a primeira vez que a vi, dei sempre qualquer coisita. O que me fosse permitido na altura. Pouco a pouco, foi-se estabelecendo como que um elo entre nós. Um elo de 'como está hoje' e de uns quantos 'obrigadas'. Mas o maior elo era o seu sorriso quando me via aparecer para as compras do dia. Aconteceu que uma vez encontro com ela uma criança. Pergunto se era sua filha e ela responde que não. Que estava ali porque a tinha vindo ajudar já que não conseguia chegar lá sozinha. Bom... dá-se o benefício da dúvida... No dia seguinte, lá estava a miúda novamente. E eu perguntei à senhora porque só agora não conseguia ali chegar sozinha. Pareceu-me atrapalhada. Deixe, não tem que responder, mas hoje não posso dar. Percebeu o que quero dizer, não percebeu? Sim. obrigada.

Nunca mais lá vi a criança, a senhora lá continua a estar e quando a vejo o sorriso é de cumplicidade. Ok, reconheço que não tive coragem, ainda, para perguntar onde está a miúda. Mas lá chegarei.
Ai a Trabalheira!

Uma pessoa chega aqui e pensa que vem para descansar. Começa por visitar determinado blog que tem posts e mais posts e mais posts que têm comentários e mais comentários e mais comentários (cujo link está ali na lista ao lado em primeiro lugar não se percebe porquê). Uma pessoa sente que também deve dizer qualquer coisita. E acaba enredada na coisita que disse, porque tem a mania que é teimosa.

E ainda querem que tenha tempo para escrever posts! Issa!
Post Alegre

Ao pequeno almoço foi gaspacho, ao almoço jaquinzinhos, ao lanche foi gaspacho, ao jantar foi jaquinzinhos com açorda e gaspacho.

Gaspacho para a ceia. Ou talvez não. Ai!
terça-feira, julho 27, 2004
Recordações Resumidas

O último post da Luísa para o qual a Catarina nos chamou a atenção com a única expressão adequada, fez-me recordar um história igualmente angustiante que tendo-se passado noutro contexto tem como elemento comum o fogo. E que terá que ser consideravelmente resumida e disfarçada.

Era uma vez uma casa rodeada de belos terrenos onde tudo florescia e vingava graças à persistência da sua dona. Existiam um senhores interessados em comprar todo aquele paraíso a sul para, como podem supor, o transformar num outro género de paraíso. Um de betão. Mas a dona não queria dinheiro. Queria o seu paraíso. Um dia, alguém resolveu que deitar fogo ao paraíso que incomodava era uma boa ideia. E assim tentou fazer. Mas mais uma vez, graças à persistência e coragem da dona, o paraíso fincou pé. Combateu as chamas praticamente sozinha. Uns dias no hospital foi o que ficou para assinalar.

Por muito que conheça os homens, há sempre uma história para me espantar.
A Luz do Farol

Gostei deste blog desde o seu início. Só para dizer que passei a amar.
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Isto de fazer publicidade a blogs é sempre complicado porque os seus autores até se podem sentir obrigados a agradecer. Claro que podia sempre trancar os c... a este post... ;)
Hum...

Estava aqui a matutar numa coisa. Que raio significará 'um blog normal'?
Para Ler nas Entrelinhas
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Zangada e Acalorada

A próxima vez que alguém se lembrar de me pedir para não cortar o cabelo bem curto para o Verão, leva um tiro!
segunda-feira, julho 26, 2004
Post Deprimente


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Ele fazia amor como se quisesse sugar-lhe a vida. Para prolongar a sua, para a levar com ele.

Ele já estava morto. Agora só existia nos seus sonhos. Os sonhos são como os homens. Não aceitam a morte.

De olhos abertos para a madrugada, ela pensava que não tinha o direito de morrer. Não podia fazer aos seus o que tinham feito com ela. Seria demasiado cruel.
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The Spirit of the Dead Keep Watch, Paul Gauguin. Imagem retirada desta galeria virtual.

Certa Comentadora...

... mascarou-se de duende e mandou-me este delicioso recado:


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A duende aqui agradece.

Eraser

Estava aqui a apagar uma treta deprimente que escrevi ontem quando devia estar a dormir. Não há espectáculo mais triste que um post ensonado. E pronto, já está.
Dualidades nº qualquer coisa

- Vais tomar duche frio, morno, quente ou fervente?
- Não vou tomar duche!
- Parece parva! Toda a gente quando se levanta toma duche!
- Mas nem toda a gente se levanta!
- Não estás a falar a sério. Vá lá. Um pézinho no chão, depois o outro que o resto acompanha-os.
- Irra! Deixa-me sossegada! 5 minutos!
- Já passaram.
- E se fosses... (censurado), hein? Que gaja mais estúpida para se ter no próprio cérebro!
Esta está mais adequada?


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Esta é a Catarina.

Retratos


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Esta sou eu.
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Esta é a Catarina.
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Este é o OldMan.

domingo, julho 25, 2004
Miscelânea

Um anão com cara de zangado, um duende com cara de amuado, pombas brancas, dois canários, um ninho, um rouxinol, duas abelinhas, dois ursos, quatro tigres, um golfinho, um canguru e um outro que tanto pode ser um morcego como um diabo da Tasmânia como outra coisa qualquer.
Errar é Humano

O título poderia ser o ponto de partida para uma discussão profunda, mas desenganem-se.

Só venho cá dizer que se de repente começasse a chover, não apontaria o dedo aos meteorologistas.
Mas que porra esta!

Uma gaja para aqui cheia de calores e cadê os machos, hein? Até me apetece escrever mais um episódio erótico.
sábado, julho 24, 2004
Bigfoot


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PM depois de saber os resultados das sondagens que apontam para o facto de os portugueses não o considerarem indicado para o cargo. Ó pá Santana, não te zangues. São só sondagens. E com um corpanzil desses bem podes acabar o tunel do Marquês sozinho.
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A imagem veio daqui.

Bónus Mágico


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Como ficaram a saber que eu não podia ir de férias para África, resolveram fazê-la chegar até mim. E eu como sou generosa, faço questão de a partilhar com todos.

Blogshares

Pois é, poi é. Já não ia há muito tempo, mas hoje apeteceu-me saber se ainda valia alguma coisa. Menos mal.
Acordares

Acordei cheia de calor e emocionalmente exausta. Enquanto tomava duche, decidi não sentir nada hoje. E agora que cheguei aqui, estou a pensar que já tomava outro duche. Alguém me sabe dizer quantos graus estão? Isto quando resolverem acordar.
sexta-feira, julho 23, 2004
Dos Sonhos...

De como há sempre encostas salpicadas das milhentas cores da vida onde sobressaem risonhos os miosótis 'não te esqueças'. De ninhos cuidados com carinho que são promessa. De nuvens que formam riachos entre as estrelas. De unicórnios que contam histórias de encantar aos golfinhos. De juncos fragéis que são imbondeiros. Dos sonhos... de tudo.
Caixa de Correio

Postais enviados pela Exit. Escolha os postais para as suas férias.

Portugal, Ilhas e Costas Espanholas, Brasil, África, Caraíbas, Destinos de Sonho.

Pois está tudo muito bem, meus filhos, mas é só para informar que este ano não há férias aqui para a duente.
Ai esta Blogosfera...

... em que tão depressa se está a chorar como a rir.

Tanta emoção desencontrada dá cabo de uma gaja...
Guitarra

(Carlos Paredes)

"A palavra por dentro da guitarra
a guitarra por dentro da palavra.
Ou talvez esta mão que se desgarra
(com garra com garra)
esta mão que nos busca e nos agarra
e nos rasga e nos lavra
com seu fio de mágoa e cimitarra.

Asa e navalha. E campo de Batalha.
E nau charrua e praça e rua.
(E também lua e também lua).
Pode ser fogo pode ser vento
(ou só lamento ou só lamento).

Esta mão de meseta
voltada para o mar
esta garra por dentro da tristeza.
Ei-la a voar ei-la a subir
ei-la a voltar de Alcácer Quibir.

Ó mão cigarra
mão cigana
guitarra guitarra
lusitana."

Poema de Manuel Alegre
quinta-feira, julho 22, 2004
Gaspacho

E digo mais! Quem não gosta de gaspacho espanhol não tem os tomates no sítio!

Se alguém gostar do alentejano é favor não se acusar porque será banido deste blog sem qualquer piedade.
Que Vergonha!

Deviam estar mas é todos na estiva. 25 comentários a um post com uma frase que não diz nada!
13H28

Tomem nota.
quarta-feira, julho 21, 2004
Vamos lá a Ver...

Durante dias ela tinha tentado corresponder. Representar a comédia para que ele se mantivesse seguro da sua masculinidade. Mas esta noite não. Esta noite queria a verdade. Toda ela escorria suor e mel. Mas não conseguia esquecer o resto. E encerrava-se numa falsa frigidez. Ele redobrava a sua paixão tentando ser tocado pelo violento orgasmo que tinha sido só seu.

Ela não percebia. Tanto desejo e as ondas não fluiam. Ele perguntou se ela se tinha 'vindo'. Ela, cruel, respondeu que não. Deixaste de me amar, respondeu-lhe virando as costas. Ela não respondeu. No silêncio da resposta, ele acabou por adormecer como uma criança cansada.

Ela levantou-se e olhou-o num misto de sentimentos. Acabou por se vestir e sair. No fresco da noite lembrou-se da ternura no rosto dele, dos cabelos em desalinho. Tenho que voltar, pensou.

Acabou por aninhar-se nos braços dele. Ele acordou como que num sonho. Tocou-lhe. Estava toda molhada. Porque te negaste se eu sei como és? Ela riu-se. Gosto de ser má. Ele também se riu. Apunhalou com força a ferida que escorria e ela sentiu que o mundo se apagava. Depois flutuou como que numa nuvem de algodão. Não se sentia. Pouco a pouco foi recuperando o controlo do corpo. Ele sorria feliz.
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Descaradamente 'inspirado' em um livro.
Magic

Uma breve interrupção para um sincero agradecimento a todos os comentaram o penúltimo post. E um pedido de desculpa por não ter conseguido responder em conformidade. Não gosto de ficar corada...
Ticket to Heaven

Só para informar que é isso que estou a ouvir. E não tem nada a ver com o post aqui debaixo. Uma menina pediu-me a música ontem mas no meio de tanto cd e sono deixei a busca para hoje. Portanto avisa-se essa menina que quando largar a escravidão pode vir buscá-la.
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E agora ocorreu-me que essa menina na altura estava ocupada a dissecar determinado texto. Se calhar a música sempre tem a ver com o post anterior...
terça-feira, julho 20, 2004
Deveria Ser Assim

Um nascer do sol emergindo de uma montanha vestida de verde. No cume repousaria neve sorridente escondendo um palácio de muitas cores e alegrias. No sopé, ao alcance de todos, numa ligeira escarpa esculpida por uma cascata, estaria um cavaleiro olhando o mar pensativo enquanto um combóio surgiria trazido pela magia de três cisnes. No marulhar das ondas mansas, uma criança inventaria um lago gelado onde patinadores elegantemente vestidos valsariam. No vale, sentado num campo de trigo dourado, um pastor limparia o suor da testa enquanto ovelhas lanzudas se entreteriam a comer a erva de um campo próximo. Soaria a melodia de um rouxinol pousado numa cadeira de baloiço que tudo isto observaria. Uma carta de amor e uma rosa vermelha estariam sentados nela.
Polgara


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Será esta?

Toca a Acordar!

Já são 06H20!
segunda-feira, julho 19, 2004
Mistérios

Porque será que me dá vontade de rir sempre que ouço alguém dizer 'o chefe do governo'?

Francisco Sá Carneiro que faria hoje 70 anos deve estar mais ou menos como eu.
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Eu ia jantar, dormir, isso...
Tolices

Quando e porque acabamos com um blog? Quando entendemos que já não faz sentido e porque há razões que os leitores desconhecem.

Lamento desiludir alguma gente. Este vai continuar a existir.
Post Prepóstero?

Vocês conhecem aquela do papagaio colorido que está no espelho da lua e ouve Eric Clapton?
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O título justifica-se porque deveria ter uma imagem mas eu não estou com paciência.
domingo, julho 18, 2004
????

sapap e sopap moc.
sábado, julho 17, 2004
Não me Venham com essa Conversa

De alma ainda um pouco atormentada, saí para comprar um macito de tabaco. Bem sei que a vida não está para gastar dinheiro em vícios mas quando fiquei a conhecer os nomes que compõem o novo governo, passei logo a acreditar que amanhã tudo estará mais composto. Composto... Com posto... Isso... Vocês entendem. Dizia eu que saí para comprar um macito de tabaco porque a crise vai passar rapidamente e quando voltava à mansão, ouço uma voz meio suplicante, meio envergonhada. Imersa em pensamentos optimistas, cheguei a crer que era o nosso PM. Mas não, não tive essa sorte (o meu carro estava estacionado perto e atropelá-lo não seria difícil). Era 'só' um dos filhos de um vizinho que corado me confessou que a 'mudança não saía'. Ainda pensei sugerir o reboque mas depois lembrei-me que a malta é nova. Sem querer parecer uma chata de galochas perguntei-lhe se se tinha lembrado de carregar no pedal da embraiagem...

Ainda dizem que fumar faz mal...
Que Calor, Caramba!

E sabem o que é que eu estive a fazer? Sabem? Pois é... Calculei que não soubessem. Mas também não digo!
Wet Kiss


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O beijo trazia uma palavra na ponta da tua língua: paixão.
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A imagem veio daqui. Vale a pena a visita.

sexta-feira, julho 16, 2004
Silêncio Mais Esquisito...

Ó para mim a ouvir aos berros 'Dance me till the end of love'.
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Isto de se ficar sozinha tem as suas vantagens. Já posso abrir a garganta à aparelhagem.
As Voltas que a Blogosfera Dá

Se eu quisesse ser má, vinha para aqui escrever um post visando certa pessoa. E o que diria eu no meu hipotético post? Que é engraçado que exista gente que esteve quase um ano sem sistema de comentários e agora que os tem até já pergunta o que deve ou não postar. Tss... sorte dele que eu não sou má.
Fim de Semana de Sonho

A malta vai toda para o Algarve. A je tem que ficar por cá. Alguma coisa me diz que vou ter saudades do barulho...
Ok, Já Vi o Que Era

Aqui a ursa não reparou quando o menu do blogger apareceu alterado. Estava na opção 'Edit HTML' em vez de 'Compose'. Ai estas novidades...
Em branco...

... e com sono.
quinta-feira, julho 15, 2004
Zanzibar

Agora não posso postar porque estou numa (des)blogcharada.

E se alguém perguntar 'Está tudo bem?', responderei 'Hakuna Matata!'.
quarta-feira, julho 14, 2004
Já jantei e vou fingir que não ouço notícias

Que é que têm em comum uma codorniz, uma espiga de milho, um cogumelo e o Danúbio Azul?
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Escusam de ir ao google que esta é caseira.
Viver à Beira Mar


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Sem legendas.

Ao Acaso II

O homem procurou com o olhar a caixinha de música que teimava em se esconder. Relutante, abandonou a sombra preguiçosa para a procurar. Tentou seguir o som, mas ele parecia estar no próprio ar. Ofegando sob o tecto ardente, acabou por desistir e voltar para a sombra convidativa da parreira. Lançou um olhar guloso aos cachos de uvas maduras. Quando arrancou um, a melodia deixou de se ouvir.
Ao Acaso

Cachos de uvas pendiam sonolentos sob o sol tórrido de uma tarde de Verão. No ar pairava a melodia de uma caixinha de música invisível...
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Agora não posso continuar que tenho que ir ali ao google procurar uma pic da Frida Kahlo.
Invenções ainda por Inventar

Pede-se aos crânios deste universo que inventem uma traquitana que auto-actualize os blogs.
terça-feira, julho 13, 2004
Saudades

Somos feitos de nada e só o descobrimos quando o tempo é tão valioso como a chuva para a terra fértil...
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Naza post-it
Mais Factos

Como eu costumo dizer, ter um blog pode ser uma coisa terrivelmente solitária.
Sem Título

Os cães falam
a linguagem mordaz
mas não mordem
pela calada
como o homem faz


Assis Portugal
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Alguns cães, alguns homens...
De Pé!


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Quando nos sentimos divididos entre a tristeza, a indignação e a agressividade, vamos às entranhas do computador buscar o nosso imbondeiro preferido.

segunda-feira, julho 12, 2004
Pablo Neruda


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Cem anos. Aquí te amo para ler e ouvir.

Isto Afinal é Fácil

Ora deixa cá ver... pegamos no 135, por exemplo e tentamos variar um bocado: 1 + 3 ao quadrado + 5 ao cubo. Cá está, voltamos a ficar com 135.

Esta aqui parece mais complicada. Experimentemos... 136. Primeira fase, 1 ao cubo + 3 ao cubo + 6 ao cubo. Hum... isto dá 244. Mas se eu fizer o mesmo ao 244... 2 ao cubo + 4 ao cubo + 4 ao cubo. Cá está! Volto a ter 136.

Ó Manela, isto afinal é facílimo. Nem percebo porque tinhas a mania de complicar tudo.
Medidas Urgentes

A angústia das escolhas políticas começa já a fazer-se sentir. Na mesa está neste momento uma de caracter particularmente complexo: Para onde irei transferir o Ministério da Administração Interna?

Sugestão de Paulo Portas: E se fosse para Olivença?
Garanto que tentei...

... e vou continuar a tentar. Ouvir o PM, quero dizer. Mas temo que a alergia que sempre se instala quando o tento se vá continuar a fazer sentir. Nunca suportei o homem, como fazer agora para destruir esta fobia? Encará-la de frente, bem sei. Ok, continuemos a tentar. Mas palpita-me que vou entrar numa lamentável falta de informação sobre o estado das coisas. Coisas do Estado, era o que queria dizer. Acho.
Vamos a factos

Há pessoas que passam uma boa parte da vida a pensar como seria bom não recordar acontecimentos menos bons. Acontece a todos mas há pessoas que exageram. Para elas a minha sugestão: e que tal uma boa de uma amnésia?
Bell Homestead


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Yep. O primeiro telefone está aí dentro.
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Brantford, Canadá. Para saberem como é podem dirigir-se aqui.

domingo, julho 11, 2004
Azul


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Vou navegar. Volto em minutos.

Ainda Há...

... pelo menos uma praia na 'linha' onde uma gaja consegue estar sossegada a um domingo de manhã. Só por isso perdoa-se-lhe algumas desvantagens como por exemplo não ficar propriamente à porta de casa. Mas essa meus senhores é para quem gosta de deitar a toalha em cima do vizinho.

Almocei caracóis. Daqui por meia-hora já sei que vou lanchar. Caracóis, está claro.
sábado, julho 10, 2004
Velhice é o que é

Doi-me a têmpora direita e sinto umas sístoles no lado esquerdo (mais coisa, menos coisa). Ainda bem que amanhã é domingo. Se o blog não for actualizado já sabem que estou na praia.
Maria de Lurdes Pintassilgo

"Mas não posso falar porquê?". Foi com esta pergunta risonha que nos deixou quando saía de Belém. Que eu saiba foram as últimas palavras que publicamente lhe ouvimos. Acima de tudo foi uma mulher de convicções. E os gajos que andam por aí a dizer que ela era de esquerda e já a dar uma perninha no mau-gosto do aproveitamento político, podem tirar o cavalinho da chuva. Porque sim, foi uma mulher de esquerda e a esquerda virou-lhe as costas quando ela precisou. Eu cá não tenho memória curta. Nessas eleições (à 2ª volta e agora já com o apoio do PCP) ganhou Mário Soares. A tão chorosa esquerda largou-a sem qualquer pudor. Por isso é melhor que se calem bem caladinhos que para ridículo neste momento já temos o governo.

Parabéns para ti, Maria de Lurdes.
Declarações Intuitivas

"Fustigada pelas críticas da oposição no Parlamento, a maioria PSD-CDS veio garantir pela voz de Guilherme Silva que não existe qualquer crise política e que vai manter-se a estabilidade política."

Continua aqui.

"Santana Lopes garante política para resolver crise
Reagindo à decisão de Jorge Sampaio de não convocar eleições antecipadas, Santana Lopes garantiu que vai adoptar uma política para resolver a crise do país, enquanto que Paulo Portas diz que esta é uma lição de princípios democráticos."

Continua aqui.
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Não percebo nada disto. Afinal só agora é que há crise? E venham-me lá dizer que se referiam primeiro à crise (ou melhor não-crise) política e agora à crise do país. Pode ser que eu me ria ainda mais.
Hum...

Este blog está muito chato. Mas não há uma alminha que me insulte? Ó pá é tudo a concordar e a acenar. Uns mais assim outros menos mas não há um que se levante e diga: és muita boa, pá!
sexta-feira, julho 09, 2004
Terra molhada

"Os canteiros se dividiam simetricamente numa regularidade harmoniosa. Os espaços, bem delineados, permitiam que os caminhos se alongassem em passarelas da natureza. Chovia. Ou melhor, chuviscava. Era junho, mês de inverno, mas de um inverno pouco rigoroso, com sol entremeado de nuvens, tardes de céu claro, temperaturas quentes de um trópico a recender a força de sua presença. Naquele dia, a gleba absorvia a água com a delicadeza de quem recebe o beijo de despedida. E o cheiro da terra molhada se espalhava na atmosfera suave, a lembrar outros cheiros, e mais outros, e todos que conduzem a passados vividos intensamente.

Terra molhada. Sentimentos de ancestralidade, um misto de tempos que se evocam na recordação dos cheiros. O café quente, artesanalmente coado na cozinha da minha avó, o bueiro com fumaça a espargir gotículas de melaço, o doce de mamão no fogo, borbulhando, se fazendo ao ponto, o licor de anis degustado ao fim da refeição... Amo os cheiros porque deles emana uma saudade visceral que me atinge por completo, sem deixar a menor brecha para dúvidas. Exacerbo os sentidos para saber-me mais inteira.

Há atavismos na minha atitude. Alguns velhos conhecidos, outros por conhecer, pouco importa o nexo temporal que me leva a deliciar-me com o exercício do olfato. De todos os cheiros, elejo o da terra molhada o que mais me fascina, alguma coisa que foge à minha pálida capacidade de dizer com palavras, porque essência de sentimentos não esquecidos. Percorro a infância, meus pais, meus avós, a família, todos reunidos ao redor da mesa, sob a luz de velas, um retrato que não está afixado na parede, porém exala o cheiro de antepassados. Não adianta enganar-me. Talvez nem perceba que os cheiros estão dentro de mim, a cobrar-me permanentemente os laços da minha história, de gentes que vi, que também não vi, mas existiram.

Terra molhada. A casa da minha mãe. O quintal cheio de acácias. De rosas. De rosas cor de chá. De avencas e heras. De açucenas. De relva verde a sugerir que eu a pisasse como se o contato do chão me fizesse mais viva, verdadeiramente consciente da existência. E a chuva fina, enxovalhando o caminho, umedecendo-o com leveza e persistência. Menina, adolescente, adulta, a correr pelo sítio à procura de mim mesma. Nada se assemelha ao cheiro que brota do meu inconsciente.

Terra molhada. Pés descalços, o toque, a maciez de um terreno revolvido pelo jardineiro que todas as quinzenas aparava a grama, recolhia os galhos secos, cortava os arbustos em formas circulares, retirava o excesso das trepadeiras agarradas ao muro, revestindo-o de uma camada verde, verdíssima, uma tela emaranhada de ramos, folhagens, raízes. O jardim do passado. A terra molhada. O cheiro de tempos que foram meus.

A casa desmoronou. Na parede, apenas a marca do retrato. O corredor está vazio. Antes, o vaivém era intenso. Mas, vejo. Vejo bem perto o quintal, o jardim com os canteiros bem tratados, as rosas em botão, amanhã o desabrochar se fará, as pétalas se abrirão, é hora de recolher o ramalhete. Ofertarei uma a uma a alguém que me entenda.

Chuvisca. A terra molhada. Saudade. Fumaça. Bueiro. Ancestralidade. Os cheiros do tempo. A casa da minha mãe."

Fátima Quintas
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Apeteceu-me lê-lo aqui mais uma vez.
Impossibilidades

Agora não posso blogar, estou numa reunião de Conselho de Estado.
Pinceladas

Olhou para a tela enquanto escorria o pincel até que a ponta ficasse suficientemente fina para transmitir ao branco a paixão que ressoava na sua mente. Começou a pintar cuidadosa e eficientemente enchendo de tons ocres o que pretendia que servisse de fundo ao tema. Quando terminou o fundo reparou que o tema não teria ali cabimento. A eficiência adquirida com os longos anos de prática tinham destruído a paixão. Po-lo de lado não sem relutância e recomeçou noutra tela. Vã tentativa.
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Este disparate é só para fazer lembrar alguém que tem uma certa história para escrever.
quinta-feira, julho 08, 2004
Parabéns!


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Faz hoje um ano, um menino travava uma dura batalha pela vida. Ganhou-a. Parabéns R.!

Ora bem...

Depois de um breve momento de sandice (ná Camille, nem penses que me apanhas lá para te fazer companhia), voltamos ao normal. Claro que entretanto também se passou por uma fase de irritação mas isso faz parte da chamada normalidade deste ser. É só preciso encontrar umas quantas vítimas que estrebuchem pouco.
Até me apetece dizer asneiras!

Mas que raio de paneleirice uma gaja vir chorar para o blog!
Vamos Tentar Outra Coisa

Hoje o meu presente é azul. Azul gelado como geladas são as águas profundas do oceano. Descemos mais um pouco e a escuridão é a aliada do frio e da pressão que nos quer esmagar.
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Não, ainda não entrei em hipotermia se é isso que querem saber.
quarta-feira, julho 07, 2004
Fugata


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Faz-se discreta e leve quando pesa como um caixão de chumbo.

Curioso...

... como continuo a ver quase tantas bandeiras como durante o Euro. Será que mudou mesmo alguma coisa em Portugal?
Camuflagem

Alguém sabe porque é que a camuflagem das zebras é assim tão destoante do ambiente onde vive?
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As coisas que uma gaja tem que 'inventar' para manter um blog, palavra de honra!
Solução Ideal

A melhor maneira para esconder um blog é não ter um. Porém não ter um blog está démodé.
Pensamento do Dia

Há mil e uma maneiras de promover um blog. Em contrapartida só há meia-dúzia para o esconder.
terça-feira, julho 06, 2004
A Arte do Churrasco

"As MULHERES PARECEM achar que os homens têm uma predisposição genética para acender o carvão para um bom churrasco. Na verdade, não custa nada. Eis alguns conselhos:"

- o caps não é meu -

"A churrasqueira deve ser colocada longe de qualquer material inflamável."

- vá-se lá saber porquê -

"Para acender o lume, faça um pequeno monte de carvão sobre pedaços de papel amarrotado e pinhas ou aparas de madeira secas. Também pode usar acendalhas não-tóxicas."

- não é o que toda a gente faz? -

"Nunca use gasolina, pois é demasiado perigoso, deita cheiro e estraga os alimentos."

- se ainda leio uma destas é porque ainda há por aí muito doido à solta -

"Ao fim de uns 20 minutos, quando o carvão estiver a arder bem, espalhe uniforme e cubra com mais carvão; deixe arder mais uns 20 minutos."

- Já comia -

"As brasas deverão ter cor cinzenta, se for de dia, ou vermelho-brilhante, se estiver escuro. Tenha à mão uma tenaz para remexer as brasas e água ou cinzas para borrifar o carvão se as chamas se reacenderem (com a gordura das sardinhas, por exemplo).

- Nada a obstar -

"Para que o carvão arda é preciso ar. O chamado "tubo de Venturini" é um método para fazer canais que atravessam o monte de carvão por onde circula o ar. Antes de pôr o carvão na churrasqueira, pegue numa garrafa de cerveja e envolva-a em papel de jornal. Ponha-a no meio da churrasqeira com o carvão em volta. Retire a garrafa, deixando apenas o tubo de jornal, e acenda o fogo."

- Pode ser uma garrafa de sumo? E devo beber a cerveja antes ou depois? -
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Fonte: Como Reparar Tudo em Casa
Tanto Latim

Hannibal ad portas já gritavam os romanos após uma batalha. A de Canas (ná, não eram as de Senhorim) ao que consta. O perigo é eminente. Há que ter medo. Não desse Anibal que estão a pensar mas do tal do filme que comia tudo e que agora quer juntar à fome o outro com vontade de comer.

Para agravar impingem-me um treinador que de certeza presenciou essa batalha de um ano qualquer coisa a.c. Isto é de um gajo ficar Tito Lívio!
Spell


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Só quando o Santana resolver como acabar com as obras do obscurantismo, minha filha.
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Cartoon daqui.

Diversos

Estava aqui a pensar que é uma pena o Abramovich não ter convidado também o Santana Lopes para uma visitinha a um dos iates. Tenho a certeza de que já não saía de lá mais.

E de como é pornográfico alguém ter tanto dinheiro e nada fazer em prol do que quer que seja a não ser alimentar os seus próprios desejos mesquinhos.

Por último estava aqui a rever o balanço de um ano escolar que terminou com 27 'muito bons' e 6 'bons'. Menos mal.
segunda-feira, julho 05, 2004
I Have a Dream

Que é clicar aqui e ler 'página não encontrada'.

Ai que giro, afinal o endereço existe. Ok, vamos tentar este.
Politica, Desportiva e Socialmente Incorrecto

O vale de Alamut que se aninha nos montes Elbourz no Irão, abrigou em outros tempos uma seita cujo líder, Hasan Ibn al-Sabbah distribuía haxixe para convencer os seus recrutados que conheceriam o paraíso após a morte. Os Hashashin assim se chamavam precisamente por serem fumadores de haxixe, vieram dar origem à palavra "assassino".

Eu hoje estava a precisar de uma boa dose de haxixe. Calculo que entendam porquê.
O Mundo Perdido


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Estava a precisar de descansar num tepuy. Pode ser no mais alto deles. Até logo. Vou à procura de Eldorado e de dinossauros.
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A imagem veio daqui.

Paz


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Acabou. Uma pausa para recuperar forças.
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A imagem veio daqui.

Breves!

Passado: não jogaram uma merda!

Presente: É segunda-feira. Quase não havia trânsito.

Futuro: Se alguém me tentar impingir Santana Lopes para primeiro-ministro é melhor que venha armado.
Recordações

Uma vez ia-me afogando. Para ser sincera ia-me afogando mais do que uma vez. Mas essa vez foi especial. Especial porque eu já não tinha força, já não podia fazer mais. Ou podia. Usar a pouca inteligência e tentar boiar. Nunca cheguei a lembrar-me se consegui. Sei só que tive sorte. Trinta e tal horas depois ainda não tinha percebido isso. Ainda hoje não me lembro porque foi apagão mesmo, mas sei que por enquanto ainda estou cá. E que demorou a recuperar. Uma gaja constipada não se devia atirar para as ondas de Maio e com rochas por perto. Fica com os pulmões num desastre.

Ok, falhou a sorte hoje, mas está tudo vivo e é o que interessa.
domingo, julho 04, 2004
ELOGIO DE PORTUGAL, UN PAÍS CON UNA FEROZ LIBERTAD DE EXPRESIÓN, DEL QUE LOS ESPAÑOLES TENEMOS MUCHO QUE APRENDER

E esta hein!?
Voltando ao Livro da 4ª classe

Procura sempre vencer
e atrás de ninguém ficar.
Sabe com honra perder,
Felicita o que ganhar.

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Parabéns Grécia! Ao alto Portugal!
Prémio para a Originalidade

Uma toalha de banho verde bandeira presa por um mola vermelha. É portuguesa, com toda a certeza.
Padrão

O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.

A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.


E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.

Fernando Pessoa in Mensagem
Um Gajo que é Pai

Diz que abandona as digressões porque tem um filho de três anos e meio que vai entrar para a escola e quer acompanhá-lo. Acresce que vai ser pai novamente no final do ano. Bonito. Parabéns, Mr. Phil Collins.
sábado, julho 03, 2004
Duendes à Beira de um Ataque de Nervos

Os duendes não deviam ouvir notícias logo pela manhã. Ficam a saber coisas que não interessam nada e passam por um dia de sol em estado depressivo. O Rui Costa vai-se embora, já se está a ver que o Fernando Couto também e tudo isso faz um duende pensar que se eles estão velhos, então os duendes estão a precisar de entrar na fase de reciclagem.

Mas os duendes não gostam de depressões em dias de sol e por isso lá pelo meio-dia já as tinham mandado ir apanhar ar.
Post Improvável

Pode parecer improvável mas neste momento acredito que ainda não foi tudo escrito.
sexta-feira, julho 02, 2004
Os Três Reis do Oriente

(...) E que melhor liturgia natalícia da Palavra se poderia desejar do que essa extraordinária parábola de "Os Três Reis Magos", exorcizando e arrastando na sua Peregrinação atrás da estrela os problemas, tragédias e mentiras da sociedade com o seu endeusamento e culto, na pessoa do rei Baltasar, os sofismas, aporias, angústias e ateísmos da ciência e da filosofia, na pessoa de Melchior, ou o culto do Bezerro de Oiro e do oiro do bezerro nesse esconjurado Gaspar que existia em solidão e "escutava o crescer do tempo" e, sobre o tempo debruçado, se fazia a genial pergunta: "Que pode crescer dentro do tempo senão a justiça?" (...)

D. António Ferreira Gomes no prefácio a "Contos Exemplares" de Sophia de Mello Breyner Andresen.
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Descansa agora, Sophia. 84 anos que ficarão para sempre.
Jardim Zoológico


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Uma dessas gajas sou eu. Muito prazer em conhecê-los.
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Se alguém estiver para se dar a esse trabalho, podem ampliar a imagem dirigindo-se aqui.

Alguém me perdoe...

... porque estar a ouvir Amália numa manhã de sexta-feira não é normal. Vá-se lá saber porquê, apeteceu-me.
Zeca

Que me perdoem aqueles que ouvem Zeca Afonso como senhor de canções da revolução. Tomei consciência disso mais tarde, que o Zeca foi e será sempre uma das vozes dos "hinos" do "estamos mal assim, queremos estar bem aqui" . Para mim ouvir Zeca Afonso é voltar á infância. Não sabia nada de nada de revoluções, de política, do que era ser o Senhor de Tal que governa faz e acontece. Queria lá eu saber disso ! Nessa altura, eu era mais joaninhas a subir pelos braços e a estender os sonhos para um futuro que não conhecia, mas queria ! Um inventar de histórias onde a senhora cigarra era uma preguiçosa e a formiga no carreiro uma lutadora. Escolhi ser formiga.. Sei isso hoje. O Zeca Afonso é uma das marcas que ficou não pelas letras contra um sistema opressivo, mas sim pelo timbre que me embevecia e embalava quando a rádio a trazia até mim.
"Vira a proa da minha barca", na altura para mim, significava "Vira a proa do meu presente". Zeca ou José Afonso, será sempre uma referência, será sempre uma voz que lembra a um povo que para ser gente é preciso sentir, é preciso acreditar, é preciso dizer não, é preciso gostar do sim.
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Naza post-it.
Estava aqui a pensar...

... no quanto foi difícil para mim entrar nesta comunidade de blogs. O elitismo era dominante na altura. Hoje as coisas estão mais facilitadas. Mais pela medida zero, dirão alguns. Que seja e fiquem-se com ela que eu cá estou-me a borrifar para isso. Era não se ter sistema de comentários, era não se dever responder aos comentários, era tanto disparate que temi ter entrado numa aldeia de loucos. Para que carga de água é que um gajo tem comentários senão para lhes responder? Para os ler, dirão alguns. Bom proveito. E para que carga de água é que um gajo nem sequer nos dá essa hipótese? Para lhe respondermos em email. Haja paciência. Eu nunca a tive.
quinta-feira, julho 01, 2004
Por falar em tormentos e paixões

Estou num dilema. Gostava de dar uma coça à Grécia mas sinto que algo no meu mais recôndito interior também gostaria de o fazer à República Checa. Uma pena não podermos jogar com os dois...




Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia




Encontrado no Velhote. E sim, foi à primeira. E não, nem sequer sabia que ela constava da lista. Coincidências...
Balanço da Noite de Ontem

Rouquidão, zumbidos nos ouvidos e uma perna inchada. É terrivel ser portuguesa! Mas não temam. Domingo há mais!
Canto Moço

"Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
A procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Nao sabemos de dor nem magoa
Pelas praias do mar nos vamos
A procura da manha clara

La no cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para nao se apagar a chama
Que da vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
La no cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde ha sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitoria ja nao espera
Fresca brisa moira encantada
Vira a proa da minha barca "

Zeca Afonso
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Muito bem evocado pela Maré nos comentários. Ele gostaria de ver Portugal ontem à noite.

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