quarta-feira, março 31, 2004
O Coelhinho e a Cabra Cabrês. Parte II

A Maré que está num intervalo e diz que lê mas não comenta, também diz que é assim que a conta e depois ainda acrescenta "que salta a cabra cabrês aos pinotes e vai ser um festarote com tudo a comer o caldinho e foi este o fim do continho."


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O coelhinho e a cabra-cabrês

Era uma vez um coelhinho que foi à horta para apanhar couves para o seu caldinho, quando chegou a casa a porta estava fechada, e como ele a tinha aberta ficou muito assustado e bateu à porta.

Trus!! Trus!! Trus!! Quem está ai? – pergunta o coelhinho.

- É a cabra cabrês que te salta em cima e te faço em três.

O coelhinho ficou muito aflito e foi pedir ajuda. Encontrou o seu amigo cão e disse-lhe: - Oh, amigo cão, eu estou com muito medo: bati à porta de casa e respondeu-me a cabra cabrês que me salta em cima e me faz em três. Por favor, ajuda-me.

O cão respondeu-lhe: - Eu não. Cheguei da caça e estou muito cansado; vai procurar ajuda a outro lado.

O Coelhinho andou, andou, e encontrou o amigo Boi, e disse-lhe. - Oh, amigo boi, na minha casa está a cabra cabrês que me salta em cima e me faz em três. Por favor, ajuda-me.

O Boi respondeu-lhe: - Eu não. Acabei agora de pastar e estou muito cansado vai procurar ajuda a outro lado.

O Coelhinho triste foi ter com o Galo, mas ele respondeu: Estive a cantar e estou muito cansado, vai procurar ajuda a outro lado.

O Coelhinho chorava e sem esperança encontrou a formiga que lhe perguntou porque chorava. E o coelhinho disse-lhe: - Niguém me quer ajudar e eu tenho, em minha casa, a cabra cabrês que me salta em cima e me faz em três.

A formiga pensou em ajudar o coelhinho e disse-lhe: Então vamos lá a tua casa, bate tu à porta que eu respondo.

O coelhinho com medo bateu à porta e a cabra cabrês respondeu:

- Eu Sou a Cabra cabrês que te salta em cima e te faço em três.

E a formiga responde: -E eu sou a formiga rabiga que te salta em cima e te fura a barriga.

A formiga entrou na casa picou a cabra cabrês e esta com medo fugiu.

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É só uma das história infantis que podem ler neste livro.

Internet

Estava aqui a pensar mais uma vez como são curiosas estas relações iniciadas na internet. Ninguém se parece importar se do outro lado está um preto, um branco, um amarelo, um doutor, um pobre, um rico, um aluno, um professor, um empresário, um assalariado. Mas isto não é a democracia como a conhecemos, pois não?
terça-feira, março 30, 2004
Dá licença?

- Esta treta de Carrefour tem que ter livro de reclamações!
- A menina desculpe mas qual é o motivo da sua reclamação?
- Aquelas tartelletes de morango. Nunca mais repuseram o stock!
- Peço-lhe o favor de não se exaltar.
- Estou calma. Não percebe que até estou a tentar deixar de fumar? E o raio do livro é para hoje?
- Só um minuto que vou ligar ao armazém.
- Veja lá mas é se liga para a gerência! Agora já são duas reclamações! Quero a porcaria do livro e é já!
Obrigada!

Primeiro andar Bertrand Av. Roma, primeira estante lado esquerdo de quem sobe: 'O Segredo do Castelo de Terror' e 'O Mistério da Aranha Prateada' (não conheço este). Deixei-os lá; custam 4 euros.

Catarina in comentários.

Ora bem, para quem não sabe do que se fala aconselho a leitura do post lá em baixo sobre Alfred Hitchcock até porque este tem quase a única finalidade de agradecer à Catarina e à Maré. Encomendados pelo telefone serão postos no correio amanhã. Lamento mas não há, para já, mais exemplares na 'Bertrand Av. Roma'. De acordo com a informação que me foi dada, todos os livros da 'Clássica Editora' foram devolvidos para posterior renovação de stock. Estes dois ficaram lá por esquecimento. Será uma questão de andar atento à renovação.
Como é que é? Parte II

Não bastava o neurónio adormecido. Ainda tinha que vir um Pintelho dizer-me que só hoje (repararam? Hoje!) descobriu o meu blog. Tenho o ego de rastos. Eu que ando cá desde o tempo em que o Viriato bateu a bota! Hum... o Viriato usava botas?
Silêncio

Hoje só o silêncio apetece. Uma estranha dormência apodereceu-se do meu espírito. Hoje era mais um dia ideal para acabar com o blog mas nem para tal me sobra energia.
Neptuno na Horta


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Depois de ter ido tomar um café ao Estórias Minhas apeteceu-me ir tomar outro ao Peter's.

segunda-feira, março 29, 2004
Começo a acreditar que ainda vou parar a Hollywood

Primeiro convidam-me para participar no Dicionário Baldas, depois no Linguagem das Flores e agora surge o convite para o fazer n' O Café. Agradeço e muito, acreditem, mas temo que o tempo não chegue para tudo. Aceitei a participação no Dicionário Baldas, mas se escrevi dois posts foi muito. Declinei o convite para o Linguagem das Flores precisamente com a justificação 'tempo'. E agora terei que fazer o mesmo com O Café. Mas estejam certos que lá estarei como espectadora. Um sincero (e ao mesmo tempo triste) agradecimento aos seus autores.
É fácil

A língua alemã é relativamente fácil. Todos aqueles que
conhecem as línguas derivadas do latim e estão
habituados a conjugar alguns verbos podem aprendê-la
rapidamente. Isso dizem os professores de alemão logo
na primeira lição. Primeiro, pegamos um livro em alemão,
neste caso, um magnífico volume, com capa dura,
publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes
dos índios australianos Hotentotes
(em alemão "Hottentotten").

Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são
capturados e colocados em jaulas (Kotter), cobertas
com uma tela (Lattengitter) para protegê-los das
intempéries. Estas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas
cobertas com tela (Lattengitterkotter) e quando
possuem no seu interior um canguru, chamamos ao
conjunto de "jaula coberta de tela com canguru" (Lattengitterkotterbeutelratten).

Um dia, os Hotentotes prenderam um assassino
(Attenteter), acusado de ter morto uma mãe (Mutter)
hotentotes (Hottentottermutter), mãe de um garoto
surdo e mudo (Stottertrottel). Esta mulher, em alemão,
chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e ao seu
assassino chamamos, facilmente, Hottentottenstottertrottelmutterattenteter.

No livro, os índios capturaram-no e, sem ter onde
colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, incidentalmente,
o preso escapou. Após iniciarem uma busca, rapidamente
vem um guerreiro Hotentotes gritando:

- Capturamos um assassino (Attenteter)
- Qual?? - pergunta o chefe indigena
- O Lattengitterkotterbeutelrattenattenteter - comenta
o guerreiro.
- Como? O assassino que estava na jaula de cangurus
coberta de tela? diz o chefe dos Hotentotes.
- Sim - responde a duras penas o indígena - O Hottentottenstottertrottelmutteratenteter
(assassino da mãe do garoto surdo e mudo).
- Ah, demónios - diz o chefe - você poderia ter dito desde o inicio que havia capturado o
Hottentotterstottertrottelmutterlattengitter
kotterbeutelrattenattenteter
(peço desculpa por a ter cortado mas estava a dar-me cabo do template:))
(assassino da mãe do garoto surdo e mudo que estava na jaula de cangurus coberta de tela).

Assim, através deste exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas. Basta um pouco de interesse.
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Em homenagem aos meus fãs residentes na Alemanha, republico um post que um dia esteve alojado no Duende apagado por moi. Foi um italiano que mo mandou por mail. E viva a globalização...
Como é que é?

Acabam de me dizer que o meu blog é muito apreciado na... Alemanha. Esta agora...
domingo, março 28, 2004
Alfred Hitchcock

Porque ali no Louca e Badalo se falou dele, lembrei-me que não há muita gente que saiba que ele escreveu cinco livros (pelo que sei, foram cinco) para crianças. Crianças já para o crescidinhas. 11, 12 anos, penso que será a idade adequada para os lerem. Se bem que duvide que os encontrem facilmente. São eles:

. O Segredo do Castelo de Terror (nunca consegui encontrar este, o primeiro)

. O Mistério do Papagaio Gago ( adorei todos mas este teve o sabor da descoberta)

. O Mistério da Múmia Sussurante

. O Mistério do Fantasma Verde

. O Mistério do Tesouro Desaparecido (este tem duendes e tudo e dele tenho dois exemplares ainda hoje não sei porquê)

Todos eles esclarecidos por três adolescentes que não poderiam ser mais diferentes. O Primeiro Investigador é atarracado, quase gordo e quase um génio (a parte do génio é o que ele pensa de si próprio já dizia Hithcock). O Segundo é alto e atlético, tem uma certa dificuldade em acompanhar o processo cerebral do Primeiro, mas além dos dotes físicos tem um sentido de orientação infalível. O Terceiro é franzino e estudioso e por isso está encarregue dos arquivos do grupo, mas carrega a coragem de um leão.

Os acontecimentos aparentemente sobrenaturais acabam por ter uma explicação totalmente lógica como só se podia esperar de um mestre no assunto.
Óptimas notícias

Acabei de ler no Abecedário mais famoso da blogosfera que o Eduardo está de volta a casa. Parece que a recuperação é uma coisa de segundos. :)
O que lhe quiserem dar

O pior flagelo da humanidade é a religião!
sábado, março 27, 2004
Dualidades

Uma pessoa tem um blog sem contador de visitas e afins. Depois recebe uns mails a perguntar porquê. O que é que uma pessoa pode dizer? Que se no início tivesse escolhido ser assim ainda lá estaria e já tinha rebentado com o próprio blog? Ná! Uma pessoa diz que não quer saber. Depois pensa melhor e diz que até gostava de saber mas agora já não quer porque um contador a zeros só podia ser um mentiroso.
Conversas da treta

Uma das pechas mais habituais da nossa escrita é a falta de clareza e de parcimónia. Escolho quase ao acaso na crítica literária de um jornal diário e encontro: "Nesse corpo poemático imagina-se a correlativa angulosidade orgânica..." Viro-me para um relatório universitário e leio: "Existem as competências a nível nacional para iniciar e completar a implementação de soluções globais e sistémicas de cariz moderno para a problemática referida."

Ao redactor do primeiro extracto nada posso sugerir, pois, nem sequer o compreendo. No segundo, não se poderia dizer simplesmente "temos capacidade no País para resolver o problema"? Seriam apenas oito palavras, um terço do original.

Recentemente, nos EUA, uma conhecida empresa de consultoria, a Deloitte Consulting, resolveu usar armas modernas para combater este problema antigo. Criou o programa de computador a que chamou Bullfighter e que identifica jargão potencialmente inútil num texto que lhe seja submetido. O programa pode ser descarregado gratuitamente a partir de www.dc.com/bullfighter. Identifica palavras potencialmente inúteis ou evitáveis. Nuns casos, sugere alternativas, noutros, a eliminação.

Não valeria a pena fazer uma coisa semelhante em português?


Condensado de um artigo de Nuno Crato in Expresso/Única (22 de Novembro de 2003)
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Lembro-me de ter lido este artigo e ter pensado que era uma óptima ideia. Ontem voltei a encontrá-lo na revista Selecções. Continuo a pensar o mesmo.
Dove Of Peace


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Será a este Picasso que o Jack anda a limpar os pés?

Comentários com sabor a Mar


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Mar

Mar de tantas cores, de tantos tempos, tantos amores, tantos lamentos, tantas dores, tantos alentos...

Mar, companheiro das marés, passeios de imensidão em salgada solidão...

Mar de encontros, de risos, de castelos de saudades, de melodias e tristezas com retornos em verdades...

Mar, a ti dedico sonatas de dor maior, componho óperas de encantos mil, toco violinos de alegrias em explosões de ondas a rebentar, com punhos cerrados de forças tuas de enlevo, em estrondos de euforia.

Mar, magia cristalina, segredos de inspiração, confidente de espumas em brumas de desistências a caminhar num horizonte azul de admiração e fé.

Mar, a lavar pegadas, a bordar a margem serena de entrega de desejos, mastigados em palavras lançadas em olhares de cumplicidade, diluídos em castelos de líquido teu...

Mar, abraço de água, beijo de sal, pedaço de alma minha afogada, que renasce a cada passo em frente...

Mar, sempre mar em mim, num misto de emendas e correcções em que me salvo num espelho de final de dia alaranjado...

E se um dia te perder, que me levem até ti nem que seja para morrer... Sem mar não sei viver.

Maré post-it
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Um dia associei este rugido da foto ao


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grito de Munch. Mas contigo até o rugido resulta num ronronar que nunca acreditei possivel.

Estou tão cansada

Eu na (pi!) não tenho nenhum registado nos favoritos. De forma que nos últimos tempos chamo o 100nada no Google. Depois é passear.
E antes de sair de lá é apagar no registo os blogs onde andei. Têm nada que saber.

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Ahhhhh gente trabalhadora...
sexta-feira, março 26, 2004
À Espreita


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É o título que o autor dá a esta fotografia. E vale bem a pena ir espreitar todas as outras.
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Obrigada Naza.

A Paixão de Cristo


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Depois de tanta controvérsia à volta do filme talvez tenha algum interesse saber o que é que o Mel Gibson diz sobre o assunto.

Bloscares


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O Origem do Amor fez isto.

Acordar


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O dia amanheceu curioso e sedento de vida. Espreguiçou-se na madrugada e rumou ao destino que sabia. Do marulhar mutante das ondas crescia um ardor que desmentia o frio da hora.
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Morning Sea.

quinta-feira, março 25, 2004
Desejos no feminino

Procuram-se culpados pelo desaparecimento (cimento?) do raio das tarteletes de morango. Estou farta de as aturar.
Obrigada

Ó D. Melrinha é favor não fazer drama que a mim dá-me forte mas passa-me depressa.
Prémio com Banner


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Link pela cortesia da Gotinha. Prémio pela cortesia da Jacky. Advertência por moi-même.

Hoje lembrei-me de ti


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Estava a passear junto ao mar e vi umas rochas que me pareciam carvão, lembrei-me que tu saberias quais eram, e saberias contar-me muitas histórias sobre elas. Lembrei-me que nunca me olhas, mas que debaixo desses olhos escondidos eu vejo tão bem o que não deixas passar. As tuas mãos e o corpo pequeno no meu abraço grande, lembro-me sempre, como se me fosses desaparecer, como se eu te fosse apertar demais, como se fosses derreter por entre os braços que te queriam apenas dar o conforto, aquele que não sei onde buscas. Não sei nunca.
Hoje lembrei-me de ti.
Estava em busca de mim, caminhando no vazio e vi-te ao lado, sempre presente, calada, naquele silêncio silente. Lembrei-me do que te disse, dos gestos que tomámos, lembrei-me que houve coisas que sentimos, vozes que ecoámos.
Que te tenho perto de janela fechada, num quarto escuro onde a luz traz a vida que parecia apagada. Que te tenho perto de janela escancarada, num quarto iluminado pela luz do sol, que o vento bate na cortina, que no chão se desenham formas que ambas já seguimos, conhecemos e tomamos.
Hoje lembrei-me de ti.
Fui andar na terra, fui sentir dedos sujos, fui abocanhar flores, cheiros puros, como em dias de chuva e trovoada. Fumei o cigarro que já não fumo, no alpendre junto à porta. Olhei lá para fora, e sonhei o meu mundo. Lembro-me de te sonhar, sem nada querer, de te dar, nada mais uma vez.
As nossas dádivas são de nadas, compostas por silêncios de noite, por olhares sem vermos, por dias trocados, por razões sem razão.
Hoje lembrei-me de ti.
Como me lembro sempre que vivo.


Da Figment para a Duende.
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A Duende responderá em conformidade em espaço privado. Aqui digo-te o que já sabes desde sempre: És parte de mim e dessa verdade nem tu nem eu podemos fugir. Lembrei-me agora que te conheci pessoalmente no dia 8 deste mês já lá vão dois anos. E também que é uma boa oportunidade para te agradecer a reaprendizagem do abraço. ;)

quarta-feira, março 24, 2004
Mercurices

Vocês por acaso sabem que se encherem uma piscina com mercúrio, podem flutuar sobre ela, sem mergulhos e até sem se molharem? Tem a ver com ligações pouco rígidas. A força de união de um átomo com outro é transferida para o átomo vizinho quando o primeiro se resolve mexer. O resultado são ligações perigosas mas estáveis.
Criancices nº não sei das quantas

- Como é que se chama o marido da vaca?
(cara de espanto vulgo eu não acredito no que ouvi)
- Boi.
- Boi?
- Sim, boi ou touro.
- Ah, pois é.
(nariz enfiado no tpc mais uma vez)
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Conclusão: Já disse um milhão de vezes que os trabalhos são para se fazer logo que se chega da escola. Hoje distraí-me e acabou por resultar em amnésia colectiva...
Como Esquecer

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
Sim, como se faz? Como se esquece?

Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.

O esquecimento não tem arte. ... Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Mas como esquecer? Como deixar acabar aquela dor? É preciso paciência. É preciso sofrer. É preciso aguentar.
Sofrer é respeitar o tamanho que teve um amor. No meio de remoinhos de erros que nos resolve as entranhas de raiva, do ressentimento, do rancor - temos de encontrar a raiz daquela paixão, a razão original daquele amor.
...


Miguel Esteves Cardoso, in Último Volume - Como Esquecer
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Com a colaboração do arquivo do Canto do Melro. :)
Moluscos

Nada como um almoço de moluscos com QI zero para esquecer parvoíces. É favor considerar que os dois últimos posts aqui em baixo não foram escritos por mim.
Memórias

Algumas, só algumas teimam em permanecer tão iguais que chego a duvidar que sejam recordações. Precisava desesperadamente de me esquecer de tantas coisas. Esquecer para mais tarde recordar livre desta angústia que teima em permanecer estampada em mim. Tatuada, lacrada...
Tempo

Amarelecem as fotografias com o passar dos anos. Porque teimarão as recordações em manter as cores originais?
terça-feira, março 23, 2004
Sei lá

Tenho cá para mim que escrever num blog é um perigo. Sempre que me vejo no que escrevo, apago. Por vezes falho, esqueço-me e publico. Para depois recordar e carregar no delete antes que alguém leia o post.
Trabalhos


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Há trabalhos que aumentam de inutilidade quando em fundo vazio.

Prémios

A Jacky lembrou-se de atribuir prémios malucos (esta parte é importante) aos blogs. Sugere para o meu a atribuição de "O mais terreno!". Ora todos sabemos que os Duendes são elementais da terra, com elevada percentagem de 'desprendimento emocional' e sempre pragmáticos. Por vezes também malucos. Confere Jacky. Obrigada.
Duendes

O Duende versão azul deslavado voltou. Penso que vou ficar com os dois. Mas o principal será este uma vez que no outro quando atingir novamente os 10 MB lá terei que começar a limpar a casa. Além de que fiquei um tanto farta do Blogger brasileiro. O sistema de comentários mostra tudo a 'zeros' mas os comentários estão lá todos.
Pesquisas


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Esta era uma das minhas imagens preferidas do antigo blog. Com o desaparecimento forçado do dito, acabei por perder o link para o site. E como o recuperaste perguntarão vocês ávidos de curiosidade. Simples, respondo eu. Comecei por fazer pesquisa por "The Lovers" e depois "Les Amants" e nada (dá para imaginar o que fui encontrando no caminho, não é?). Já sei! O MaizUm! Na altura disse-me que o tinha adicionado aos 'Favoritos'. Toca de pedir auxílio em forma de comentário. Ele prontificou-se de imediato a ajudar porque é um querido, mas não se recordava só com as indicações que lhe dei. Tomei a liberdade de lhe enviar a imagem por mail e pimba! Na volta do correio recebo o endereço do site. Primeiro pensamento: Mas ca ganda burra! Era "Los Amantes" sua ursa! Tens a mania que o mundo só fala em inglês e francês e depois tens que andar a chatear os outros...

Conclusão, este é um post de sincero agradecimento ao Maizumpomonte.

Coincidências


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O João Cutileiro viu o Lisztomania e mainada.
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Tão a ver a coisa?

segunda-feira, março 22, 2004
Arquitectura?


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Ela fala-nos (hum... fala-nos também é assim para o... adiante) de arquitectura-cueca Siza. Pois em resposta eu digo-lhe que é mais escultura-livre Cutileiro.
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E pensar que temos crianças a ler-nos...

Amiguinhos

O Batatas Fritas marca a sua presença na blogosfera. Beijinhos para os novos amigos.
Demência

Um povo cujas famílias têm em regra quatro filhos por família pode permitir-se uma guerra de vinte em vinte anos. Dois filhos caem no campo de honra e os outros perpetuam a raça.

Himmler, Discurso aos oficiais da Escola Política de Braunschweig, 9 de Janeiro de 1937.

Juramos nunca poupar sangue. seja o nosso ou o de estrangeiros, se a nação o reclamar.

Himmler, Artigo do Volkischer Beobachter, 17 de Janeiro de 1940.

Eu quero uma juventude alemã violenta, corajosa e cruel.

Himmler, Carta dirigida ao S. S. Hauptsturmführer (equivalente a capitão) Prof. Dr. Bruno Schultz, 19 de Agosto de 1938.

Vivemos em comunidade com a morte e temos de aprender a servirmo-nos dela da melhor maneira possível. Para o bem da raça alemã e da sua expansão, há que aspirar a uma Europa vazia, o que significa a destruição de todas as outras nações.

Himmler, Discurso aos generais S.S. em Weimar, 12 de Dezembro de 1943.

Os métodos de educação intelectuais não me interessam. O saber apodrece a juventude, mas, se a submetermos às provas mais duras, ela aprende a vencer o medo e a morte.

Himmler, Carta dirigida ao Prof. K. A. Eckhardt, 14 de Maio de 1938.

Quando estivermos a combater, fiquem todos sabendo que matar um homem não representa mais para nós do que matar uma galinha. Essa é a via mais segura para o poder total.

Himmler, Discurso à organização estrangeira dos S.S.

Preconizo os métodos pedagógicos duros. Qualquer fraqueza tem de ser impiedosamente eliminada. Nos meus seminários vai crescer uma juventude que aterrorizará o mundo.

Hitler, Discurso na Escola dos Oficiais S.S, Töiz, 18 de Fevereiro de 1937.
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E ao ler os posts do Alexandre lembrei-me disto. A única conclusão a que chego é que os dois ainda têm muitos fãs...
Iss' agora...!

Nasceu mais um blog. Bem-vinda, Ju.
Vejamos...

Que faria eu a um pedófilo? Nada de especial: começava pelos tomates e acabava na pila. Limpinho que nem um anjo. O cérebro não existe, como tal não seria o alvo escolhido.
domingo, março 21, 2004
Picasso


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Encontrei no Maizumpomonte que o encontrou no Opus VI. O meu Picasso deu nisto.

Tem Dias


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Hoje só me apetece fazer coisas disparatadas como enviar postais de boas-festas e escrever cartas a quem faz anos omitindo os parabéns. Quais seriam as reacções?

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Fun Pic. Um pequeno alerta: o link tem imagens divertidas, mas também outras não aconselháveis a adultos, se é que me faço entender.

sábado, março 20, 2004
Porque estou a ouvir


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The Piano Gallery.

Correio

Estive a ler alguns mails. Em um deles acusaram-me de desprendimento emocional. Incrível como há gente que consegue discernir estas coisas a um Sábado.
Anedota do Dia


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No concerto de Dulce Pontes em Guimarães fazia parte da assistência a distinta Maria Alice que ficará imortalizada com o nome artístico (!?) de Lili Caneças. Pois acreditem ou não, foram pedidos mais autógrafos à Maria Alice do que à Dulce. "Até me senti mal, porque a artista era a Dulce!" terão sido as palavras proferidas pela senhora. Por uma vez, quase que demonstra inteligência. Para lhe dar nota positiva teria que ter dito algo como: "Até me senti mal por estar rodeada por um elevado numero de bestas!"

Memories

O Isaltino Morais e o José Luis Judas combinaram as atrocidades na ca(ma)ra.
sexta-feira, março 19, 2004
Dia do Pai


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Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,

Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!


Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca
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E este é para o super pai Francisco que me deixou este lindo poema nos comentários.

Dia do Pai


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Este é dedicado especialmente à Maré e à Robina. Elas sabem porquê.
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Anne Geddes.

Paz


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Dorme. Deixa que dos teus pés descalços e coração desapertado se libertem as sementes que irão florir o teu chão. Dorme. Sonha o solo verdejante e verás os atacadores dos teus sapatos colorirem-se num sorriso.
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Anne Geddes.

quinta-feira, março 18, 2004
Do-re-mi

The first three notes just happen to be
Do-re-mi

Do-re-mi

Do-re-mi-fa-so-la-ti
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A propósito de comentários... Aqui com letra e música.
Depois de escrever penso no título

O mundo está perdido! Todos sabem disso. Já se grunhia tal exclamação de caverna para caverna no tempo em que os homens davam pontapés corajosos e ferozes nas rochas para as transformar em rodas e as mulheres falavam (mulheres não grunhem) de como era difícil conviver com machos ululantes cujo único mérito é aquele que ainda hoje lhe reconhecemos. E mesmo assim, olha lá... Dizia eu que o mundo está perdido mas que isso não é novidade nenhuma. Só não percebo é porque ainda não nos mudámos para outro.
Surpresas


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O Duende alojado no Sapo tem a honra de figurar na Galeria BlogFotos do Apedeites. Os meus sinceros agradecimentos.

Não bebi água, garanto

"As saudades que eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu
Meu Deus como é bom morar
Num modesto primeiro andar
A contar vindo do céu"

Do céu! Lalalalalala, lalalalalala

Mas gostava de saber que raio estou aqui a fazer em vez de estar na cama com um gajo bom. E também porque é que os comentários de vez em quando se sentam em cima dos títulos...
quarta-feira, março 17, 2004
Reflexões

A única maneira de calar a Manuela Moura Guedes é
gamarem-lhe o teleponto sempre à semelhança do
que fizeram hoje.

Está a dar o Benfica-Belenenses e a minha equipa até
agora está a ganhar por 3 a 1. Mas eu gosto do
Belenenses e gosto do Augusto Inácio. Uma chatice.

Sem certezas mas quase com elas, tenho ideia de ter ouvido
dizer a um comentador que: a bola saiu, é lançamento
para a equipa de Lisboa (era o Benfica). Também que,
já na segunda parte e recordando um qualquer jogo, que
o Benfica estaria a ganhar por 3-1, acabando por empatar
por 3-2.

Corrijam-se se estou errada.
De um comentário se faz um post

No tempo em que o passado, o futuro e o presente tinham
cores, existia um mar de sonho que vivia de madrugadas.
Os rouxinóis cantavam a esperança que vivia
no horizonte dos mundos mágicos. O sol poente, qual bola
de sabão, lembrava o amor, sorrisos de alegria e florestas
aniladas embaladas pelo vento morno que acariciava as
crinas dos cavalos à solta. Dos prados multicolores emergiam
crianças em correria de vida. Baloiçando nos braços infantis,
as cestinhas com amoras percorriam os caminhos pisados
por gente com coragem.

Dos areais galopantes surgiam altivas dunas onde dançavam,
perto e longe, malmequeres. Do calor que emanava da fileira
de pensamentos, desprendia-se um cheiro a pastéis de massa
tenra e cerejas sumarentas. Do nada das emoções que são
as minhas.

Porque não, então, não dizer nada e ir à janela ver quem vive,
ver quem passa? Sentir o perfume do ar que nos entrega um
beijo em jeito de convite para um voo que nos pode inspirar.

Talvez logo haja bonecos...
Harmonia


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Só o homem e o seu engenho destoam da perfeita
comunhão dos elementos.

Photographic Gallery

Férias Forçadas

Confesso que as férias, ainda que forçadas, me estavam
a saber bem. E que até me habituei a elas. É que não tenho
mesmo nada para dizer...
Agradecimentos

Os meus agradecimentos ao Átila (se alguém souber se
tem blog, agradeço que mo diga) por me ter indicado
neste comentário no 100nada o site de onde copiei
o boneco que está aí em cima.
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O nick Átila era-me familiar. Peço desculpa pela falha.
Agradeço à Catarina que também é um dos
Filhos de Viriato.


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We starve-look
At one another
Short of breath
Walking proudly in our winter coats
Wearing smells from laboratories
Facing a dying nation
Of moving paper fantasy
Listening for the new told lies
With supreme visions of lonely tunes

Somewhere
Inside something there is a rush of
Greatness
Who knows what stands in front of
Our lives
I fashion my future on films in space
Silence
Tells me secretly
Everything
Everything

Manchester England England
Manchester England England
[Eyes look your last]

Across the Atlantic Sea
[Arms take your last embrace]

And I'm a genius genius
[And lips oh you the doors of breath]

I believe in God
[Seal with a righteous kiss]

And I believe that God believes in Claude
[Seal with a righteous kiss]

That's me, that's me, that's me
[The rest is silence
The rest is silence
The rest is silence]

Singing
Our space songs on a spider web sitar
Life is around you and in you
Answer for Timothy Leary, dearie

Let the sunshine
Let the sunshine in
The sunshine in
Let the sunshine
Let the sunshine in
The sunshine in
Let the sunshine
Let the sunshine in
The sun shine in...

Lalalala, lalalala. Tem tudo a ver. Falo da imagem e da música. :)
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Web Museum, Paris



terça-feira, março 16, 2004
Vejamos... para quem ainda não percebeu, do lado esquerdo têm escrita élfica, cá em cima têm um duende que um simpático comentador do 100 nada (ó pá o link está mesmo aí ao lado e eu já nem vejo links, hoje) me deu a conhecer (amanhã logo vou à procura do comentário porque agora tenho a cabeça mais vazia que o costume). Momento de reflexão... também adoro parênteses. Dos parentes não costumo abusar. Ao vosso lado direito podem verificar que os links funcionam mas estão num formato um tanto anárquico. Isso é bom. Faz-me lembrar o Hair (alguém se lembra ainda?) e coisas do género como jeans lavados à estalada e rasgados a preceito, mochilas verdes rapidamente transformadas em alvos de grafiti e descoloradas pela acção solar. E para já é só. Ou deveria ser. Não sei porquê, fico com a sensação que duas gajas me influenciaram na escolha deste template. Uma de modo 'ou é ou racha', a outra nem deve ter dado por isso. ;)


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A New Beginning?

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Patrícia Ezzell Gallery

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